Pedágios e duplicação

Governador garante obra de terceiras pistas da RSC-287

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Depois do polêmico adiamento na previsão de duplicação dos 80 km da RSC-287 entre Santa Maria e Novo Cabrais, de 2032 para até 2042, publicada em primeira mão aqui pelo Diário, Santa Maria começou a se mobilizar para cobrar respostas e alternativas do governo do Estado. Nesta sexta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) esteve na abertura da colheita da azeitona, em Caçapava do Sul, e o jornalista do Diário Eduardo Tesch foi até lá para saber qual é a opinião do governador sobre esse adiamento e se há possibilidade de mudanças. Tesch participou da entrevista coletiva em que a imprensa de Santa Maria cobrou o governador sobre uma solução para esse problema. Leite respondeu e disse que, com a mudança no projeto, deve ser incluída a construção de terceiras faixas na rodovia:

- A questão do tempo é a previsão de atingimento do volume de veículos. Se o volume de veículos for atingido anteriormente, o Estado irá antecipar as obras de duplicação. E, mais do que isso, o contrato também irá prever toda a forma de remuneração. Se o Estado dispuser dos recursos, ele pode fazer o aporte, patrocinar ou até compartilhar entre aporte de recursos e o impacto na tarifa de forma a antecipar a duplicação. Agora, tem uma questão técnica envolvida. Nas condições atuais, pelo volume de veículos que se tem e a projeção que se tem da demanda (tráfego), lembrando que passamos por uma profunda recessão econômica entre 2015 e 2016, o cenário base que se tem é esse. Se a economia melhorar, estamos crescendo timidamente a 1% por ano. Isso tem um impacto no volume de veículos, no comportamento da demanda da estrada. Nas condições atuais, o que se projeta é levar 20 anos. Agora, o importante é: o contrato irá prever, a partir desse volume, o gatilho que dispara o início das obras. Nos cinco anos iniciais, vai existir duplicação principalmente nos trechos urbanos, qualificando muito a estrada, a implantação de terceiras pistas que vão ajudar muito a estrada em um processo inicial. O que estamos falando aqui é em 20 anos a duplicação integral da rodovia. Ainda assim, os benefícios serão já desfrutados já nos primeiros anos. Mas, se houver aumento de volume, isso pode ser antecipado. Ou se houver disponibilidade de recursos, o Estado pode, ali na frente, aportar para antecipar obras - declarou Leite.

Deputados e entidades discutem estratégias para exigir duplicação da 287 antes do prazo

Questionado do motivo de o trecho entre Santa Maria e Novo Cabrais ser o último a ser duplicado, ele afirmou:

- Isso foi um encaminhamento a partir do volume de veículos apurado ao longo da pista e da complexidade das obras que precisam acontecer nessa região. A prioridade está nos trechos urbanos. Os primeiros serão os trechos que passam pelas cidades. Isso ajuda a diminuir acidentes, ajuda a melhorar a circulação dos próprios cidadãos daquela cidade. Então, já é um ganho efetivo importante. E, depois, a execução da duplicação conforme o planejado de acordo com a concessão, podendo ser antecipada as obras em razão do volume ou do aporte de recursos pro Estado. Só para dar um exemplo: até dependendo do deságio que houver no valor que ficar a tarifa a ser cobrada, você pode entrar em um acordo de permitir uma tarifa um pouco maior em razão da antecipação das obras.

Perguntado a Leite se estuda essa alternativa, ele afirmou:

- Pode ser discutido com a sociedade também, dependendo de como vier a tarifa. Se ela vier bastante abaixo do esperado, você pode fazer uma recomposição dessa tarifa em troca da antecipação das obras. Isso vai ser discutido.

Ou seja, ficou claro que o governo não pretende recuar e que a região de Santa Maria poderá ser prejudicada mesmo.

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